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segunda-feira, 18 de março de 2024
quarta-feira, 3 de junho de 2020
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quinta-feira, 15 de setembro de 2016
DISLEXIA:
DESAFIO PARA SALA DE AULA
Roméria Costa Melo Moreira
Curso Psicopedagogia
Institucional
10/07/2016
Resumo
O presente artigo abordará os distintos tipos
de dislexias, encontrados na infância e na iniciação escolar promovendo assim a
sua identificação, aludirá algumas leis para melhor entendimento da
classificação e das necessidades educacionais especiais. Citará também algumas
estratégias de como o educador deverá agir em sala de aula e a importância de
táticas utilizando recursos para as aulas com crianças disléxicas.
Palavras chave: dislexia, aprendizagem, professor
Abstract: This article will discuss the different types of dyslexia, found in childhood and school initiation thus promoting their identification, alluded to some laws to better understanding of classification and special educational needs. Also will quote some strategies of how the teacher should act in the classroom and the importance of using tactical resources for classes with dyslexic children
Keywords: dyslexia, learning, teacher
1 INTRODUÇÃO
Temos como estilo de vida a busca
pelo completo. Deparando-nos com muitas dificuldades em nos relacionar com o diferente.
Então nos encontramos em torno do comum. Sendo tomados por um senso comum e por
nossos saberes cotidianos e deixamos de buscar um conhecimento científico.
Marilena Chauí nos alerta que uma das características do senso
comum e dos saberes cotidianos é por serem subjetivos, generalizadores, nossas
certezas cotidianas e o senso comum de nossa sociedade ou do nosso grupo
social, cristalizam-se em preconceitos com a qual passamos a interpretar toda a
realidade que nos cerca e todos os acontecimentos.
Existe uma grande necessidade de aperfeiçoar
melhor nossos docentes, o ambiente educacional está em intensa mudança tanto no
ponto de vista de conceitos e valores, como da prática. A despeito de tantas mudanças, o professor
ainda resiste em mudar as práticas pedagógicas justificando essa resistência
com argumentos do senso comum.
Com o ingresso na escola, a
perspectiva que pais e professores têm, é que a criança aprenda a ler e
escrever, pois são as competências cognitivas mais valorizadas no processo
ensino/aprendizagem. Entretanto aprender
a ler e escrever exige novas capacidades que não faziam parte da vida diária da
criança até o momento, proporcionando novos desafios com relação ao
conhecimento da linguagem, o que a torna uma tarefa difícil para todas as
crianças.
Mesmo alguns possuindo uma
inteligência normal e apresentando ótimas disposições em outras tarefas,
apresentam dificuldades específicas no domínio da leitura e escrita. A dislexia
se enquadra dentro destas dificuldades, estima-se que entre 10% e 15% da
população mundial sofre desse distúrbio. Cerca de 4% da população apresentam
dificuldades acentuadas, necessitando de ajuda para que o problema não afete
seu ambiente estudantil/acadêmico, social e profissional. Segundo
Kappes
et al., (2012), a dislexia pode ser
Hereditária ou congênita, sem causas culturais,
intelectuais e emocionais, onde a criança falha no processo de aquisição da
linguagem.
2 O QUE É DISLEXIA?
A palavra dislexia é derivada de
(dis) distúrbio e (lexia) que em grego, quer dizer linguagem e, em latim,
leitura, portanto, dislexia é um distúrbio de linguagem e/ou leitura. A
dislexia caracteriza-se por dificuldades no reconhecimento preciso de palavras
(identificação de palavras reais) e na capacidade de decodificação (pronunciar
pseudo palavras), e além das dificuldades com leitura, escrita e soletração,
pode apresentar também déficits em outras áreas cognitivas ou acadêmicas, como
na atenção e na matemática. A dislexia pode ser contraída, quando a inquietação
surge em decorrência de uma lesão cerebral que afeta mecanismos de leitura que
antes funcionavam normalmente, ou pode ser uma dislexia de desenvolvimento,
quando a inquietação não pode ser explicada por meio de um acontecimento
externo.
Crianças disléxicas têm uma baixa
capacidade ao nível da ortografia e dificuldade em ler fluentemente, mostram
progresso na alfabetização surpreendentemente mais lento do que o de seus
colegas da mesma idade e do mesmo nível intelectual, associam-se frequentemente
problemas de memória e tendem a ser mais lentos e imprecisos a nomear figuras. Para
desenvolver a capacidade de ler, a
criança tem que desenvolver a consciência de que as palavras faladas podem ser
divididas em fonemas, que são as menores unidades sonoras que podem afetar o
significado de uma palavra e de que os grafemas, que são as letras e as
palavras escritas representam esses sons, tendo capacidade de lidar com os sons
e manejá-los, porém as crianças disléxicas têm uma baixa qualidade nessas representações
fonológicas devido a um déficit no componente fonológico da linguagem como
referido acima.
Toda criança disléxica precisa de
atendimento especializado, motivação, estabilidade emocional e ensino
apropriado. É necessária também a estreita cooperação entre especialista, professores
e pais.
Segundo Teles (2004) se existe suspeita da existência
de déficits fonológicos e ou de Dificuldades de leitura e escrita, deve ser
realizada a avaliação. É importante avaliar para diagnosticar, para delinear as
dificuldades específicas, as áreas fortes e para intervir. Avaliação pode ser
feita em qualquer idade; os testes são selecionados de acordo com a idade. Não
existe um teste único que possa ser usado para avaliar a dislexia, devendo ser
realizados testes que avaliem as competências fonológicas, a linguagem
compreensiva e expressiva (a nível oral e escrito), o funcionamento
intelectual, o processamento cognitivo e as aquisições escolares. Os modelos de
avaliação que se revelam mais eficientes são os que conduzem diretamente à
implementação de estratégias de intervenção que tenham em conta os dados
obtidos na avaliação.
O reconhecimento das palavras é de grande valor
nos primeiros estágios do aprendizado da leitura, assim deve ser o foco
principal da avaliação de dificuldades de leitura, no caso a dislexia. Kappes
et al., (2012) dizem que, na avaliação, o fonoaudiólogo e o psicopedagogo aplicam
se testes de lateralidade e avaliação da aquisição das habilidades, que são
aparelhamento espacial e temporal, discriminação e percepção visual e auditiva,
memórias tátil e cinestésica, memória imediata e de longo prazo, organização de
figuras e praxias orofaciais, também são realizados testes de leitura que é a
segmentação de palavras, ou seja, estudo dos sons, grupos consonantais,
dígrafos, vocabulário adquirido, leitura oral e silenciosa e testes de
linguagem escrita, através de ditado, cópia e escrita espontânea, além dos
testes neurológicos e teste oftalmológicos e audiômetro. São várias as causas
que podem intervir no processo da aquisição da linguagem, por isso é tão
importante um diagnóstico preciso, multidisciplinar e de exclusão, pois se
torna mais fácil dirigir as técnicas mais adequadas para a reintegração do
aluno, objetivando tornar mais eficaz o plano de tratamento. (IANHEZ; NICO,
2002) O diagnóstico da dislexia é de exclusão, pois é feito por uma equipe
multidisciplinar, ou seja, vários especialistas como psicólogos, fonoaudiólogos,
psicopedagogos e oftalmologistas são peças fundamentais para um diagnóstico correto,
onde eles realizarão uma bateria de testes avaliando o nível de inteligência e
todas as dificuldades encontradas pela criança. Um exemplo de intervenção, que
a escola pode usar uma versão de abordagem fonológica, enfatizando os sons e a
relação entre sons e letras, que é o mais recomendado para o tratamento da
dislexia, pois aumenta o reconhecimento da estrutura fonológica das palavras e
a relação entre representações fonológicas e ortográficas.
A intervenção não pode ocorrer somente
na sala de aula, pois segundo uma pesquisa realizada por Leach e Siddall (1990)
apud Dockrell e Mcshane (2000), os maiores avanços em precisão na leitura e na
compreensão de texto foram conseguidos pelas crianças que tiveram instrução doméstica,
ou seja, através de métodos mais diretos, como a leitura conjunta de textos
pelos pais e pelas crianças. A
identificação e intervenção precoce são o segredo do sucesso na aprendizagem da
leitura, a identificação de um problema é a chave que permite a sua resolução.
Quanto mais cedo um problema for identificado mais rapidamente se pode obter
ajuda. Identificação, sinalização e
avaliação das crianças que evidenciam sinais de futuras dificuldades antes do início
da escolaridade permite a implementação de programas de intervenção precoce que
irão prevenir ou minimizar o insucesso.
3 ALGUNS SINTOMAS QUE CARACTERIZAM DISLEXIA
Alguns sintomas encontrados nas crianças em idade
pré-escolar que caracterizam a dislexia, são eles:
- Dificuldade na aquisição e
desenvolvimento das habilidades linguísticas.
- Dificuldade em aprender as sequências
diárias.
- Dificuldade com análise e
síntese do som de uma palavra.
- Dificuldade na linguagem e na
fala: vocabulário pobre, disnomias, sentenças curtas e imaturas.
- Lentidão na cópia, necessidade
de apoio.
-Dificuldade no ditado, na cópia
e na escrita espontânea: trocas visuais, auditivas, espaciais, omissões,
inversões e aglutinações de fonemas e logatomas.
- Dificuldade com a leitura,
muitas vezes negando-se a fazê-la.
- Reconhecimento pobre de rima e
aliteração.
- Desatenção e dispersão.
- Dificuldade com a coordenação
motora fina: disgrafia e desenhos.
- Dificuldade com a coordenação
motora grossa: “desengonçado” nas aulas de educação
Física.
- Desorganização geral: nos
trabalhos escolares (lição de casa etc), no tempo etc.
- Dificuldades visuais: postura
da cabeça, desorganização na folha.
- Confusão entre direita e
esquerda (lateralidade), com mapas, dicionários etc.
- Dificuldade com memória
imediata: instruções, dígitos, tabuadas, sons de fonemas etc.
- Dificuldade na matemática
(discalculia) e desenho geométrico.
- Problemas de conduta na sala de
aula: é “exibicionista” ou tímido.
- Desempenha-se muito bem nas
provas orais, contradizendo os resultados das provas escritas.
O problema nem sempre está na
criança e sim nos processos educacionais, e além dos problemas de ensino há
também a alfabetização precoce, onde cada vez mais as crianças estão menos
prontas para iniciar o processo e são identificadas dificuldades de
aprendizagem que na realidade não existem, por isso o diagnóstico é essencial.
4 MITOS E VERDADES SOBRE DISLEXIA
Mesmo com tantos estudos e
explicações sobre o que realmente é a dislexia, muitas pessoas ainda permanecem
com uma visão distorcida sobre o assunto. Portanto, Ianhez e Nico (2002) falam
sobre algumas dúvidas e mitos que pais de crianças disléxicas têm a respeito da
dislexia. Muitas pessoas veem a dislexia como uma doença, mas isso é um mito, a
dislexia não é uma doença, e sim, um distúrbio específico de aprendizagem na
área da leitura e escrita, que melhora quando há um acompanhamento
especializado, onde serão adequadas técnicas para a superação das dificuldades
específicas de cada pessoa. Pensar que a dislexia pode ser curada, é outro
engano. A dislexia não tem cura, pode melhorar com o apoio e o ensino adequado.
Muitas das dificuldades podem ser contornadas, e outras se tornarem menores, mas
não desaparecem totalmente. Existem muitas pessoas que acham que todas as crianças
e adultos que têm dificuldades em ler, soletrar e escrever são disléxicos, isso
é um mito. Existem numerosas razões para o fato de algumas
pessoas serem mais lentas do que outras na aprendizagem da leitura e escrita, é
por isso que o diagnóstico multidisciplinar é tão importante, pois é através
dele que será detectado qual distúrbio que a pessoa sofre e como tratá-lo.
Outro mito polêmico entre as pessoas é que a hiperatividade esteja ligada à
dislexia. As crianças disléxicas podem ser hiperativas, mas não
necessariamente. Quanto à questão de que os disléxicos têm inteligência baixa,
é outra falsa afirmação, pois a dislexia caracteriza-se justamente pelo quadro
de indivíduos que, no mínimo, têm inteligência média. As crianças que possuem
inteligência abaixo da média podem se enquadrar em outro tipo de dificuldade,
mas não em dislexia. Alguns pais se sentem culpados pelo(a) filho(a) ser disléxico(a),
isso é um erro. Não existe “falha” de ninguém. A dislexia pode ser congênita,
fator este, que vem sendo estudado
e está se confirmando a cada
pesquisa realizada. Enfim, os disléxicos precisam de atendimento especializado
e motivação, para que isso aconteça é preciso que pais e educadores busquem se informar
melhor sobre o assunto para que possam lidar corretamente com a dislexia.
5 A QUESTÃO DOS PROBLEMAS EMOCIONAIS
Geralmente a criança disléxica é
triste e deprimida, devido ao repetido fracasso em seus esforços, sempre
tentando superar suas dificuldades e não conseguindo, tudo isso são fatores que
fazem com que ela se torne uma pessoa agressiva e angustiada. Como consequências
da dislexia, encontramos a repetência e evasão, pois se o problema não é
detectado e acompanhado, a criança não aprende a ler e escrever, com isso acarreta
o desestímulo, a solidão, a vergonha e implicações em seu autoconceito e rebaixamento
de sua autoestima, gerando problemas de comportamento, como agressividade e até
envolvimento com drogas. A dislexia começa como um distúrbio de leitura e
escrita e acaba com um problema que pode durar a vida inteira, como depressão e
desvio de conduta. Para evitar essa espécie de derrota auto perpetuadora, é
preciso que os pais reconheçam esses problemas de comportamento como pedidos de
ajuda, que indica que uma intervenção seja necessária como um programa de
aconselhamento.
6 COMO TRABALHAR COM DISLÉXICOS DENTRO E FORA DE SALA DE AULA
6.1 A Dislexia e a Alfabetização
Geralmente a dislexia fica mais
evidente no período de alfabetização, pois as crianças passam a ter uma enorme
dificuldade em aprender a ler, escrever e soletrar, portanto, é muito importante
que pais e professores fiquem atentos. Uma das dificuldades que os disléxicos
encontram na alfabetização é a falta de consciência dos fonemas, que é importante para a aprendizagem
da leitura em um sistema de escrita como o nosso, que é um sistema alfabético,
pois as letras do alfabeto representam os fonemas, e para Nunes et al., (2003),
parece impossível a uma criança aprender a ler ou escrever usando o alfabeto, a
não ser que compreenda a divisão de palavras e sílabas em
fonemas. Confusões com os
grafemas também são dificuldades encontradas pelos disléxicos, como as
inversões, omissões, adições e substituições de letras e sílabas. O disléxico
precisa olhar e ouvir atentamente, observar os movimentos da mão quando
escrever e prestar atenção aos movimentos da boca quando fala. Desta forma, a
criança disléxica associará a forma escrita de uma letra com seu som como com
os movimentos, pois falar, ouvir, ler e escrever, são atividades da linguagem.
É preciso compreender que o alfabeto é um código para fonemas, os sons
individuais da fala e da linguagem, e com isso ser capaz de usar esses códigos
rápida e automaticamente, de modo que possa se concentrar no significado do que
lê. As crianças disléxicas não possuem apenas dificuldades, pelo contrário,
algumas possuem habilidades e talentos em áreas diferentes da leitura e da
escrita, como por exemplo:
- Facilidade para construir, ou
consertar as coisas quebradas.
- Ser um ótimo amigo.
- Ter idéias criativas e achar
soluções originais para os problemas.
- Desenhar e/ou pintar muito bem.
- Ter ótimo desempenho no
esporte.
- Ter ótimo desempenho na música.
- Demonstrar grande afinidade com
a matemática.
- Revelar-se bom contador de histórias.
- Sobressair-se como ator ou
dançarino.
- Lembrar-se de detalhes.
Estes são alguns dos vários talentos
e habilidades que o disléxico pode ter e que muitas pessoas que leem e soletram
bem não possuem. Portanto, é importante incentivar as crianças a escrever e
desenvolver o gosto pela leitura, proporcionando ambientes propícios.
As crianças disléxicas aprendem de
maneira diferente, mas podem acompanhar o ensino convencional se tiverem o
apoio nas dificuldades específicas, portanto a escola como contexto
institucional da ação educativa, é um vértice fundamental no âmbito das
dificuldades de aprendizagem, no caso a dislexia, pois, a responsabilidade na
prevenção do “insucesso escolar” recai inteiramente sobre ela e sobre os professores
que são os profissionais responsáveis pelo ensino da leitura e da escrita, a
escola ao suspeitar que o aluno é disléxico e mesmo portador de qualquer outro distúrbio deve realizar uma avaliação e
depois encaminhá-lo para os testes necessários, e ao ser diagnosticado que a
criança realmente é disléxica a escola deve realizar algumas mudanças que
ajudem os disléxicos. Algumas funções que a escola deve adotar ao constatar que
a criança possui dislexia: Dar encorajamento atender e respeitar as capacidades
e os limites das crianças estar informada para amparar a criança em sua
dificuldade. Manter o professor da classe familiarizado e sensibilizado com a
dislexia para compreender e apoiar a criança na sala de aula, ou ainda reconhecer
a necessidade de ajuda extra. Desenvolver um clima de paciência, para que as
crianças possam ter tempo suficiente para cumprir suas tarefas e até mesmo
repeti-las várias vezes para retê-las. Para
Cogan (2002), apud Lima et al., (2012), a formação dos professores neste domínio
deveria abordar a relação entre a linguagem oral e a linguagem escrita, como a correspondência
entre fonemas e grafemas, a estrutura fonêmica da língua, regras de ortografia,
sintaxe, semântica e diferentes modelos de funcionamento do processo de leitura
com as crianças disléxicas,
algumas vezes elas não está
dispostas a fazer suas lições. Existem outras maneiras de ensinar sem usar
lápis e papel. Os jogos, por exemplo, podem ajudar. Seja versátil em relação às
necessidades da criança. Algumas vezes a criança disléxica não está preparada
para determinada lição, mesmo que se pense o contrário. Deixe tal lição de
lado ou tente outra abordagem.
.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Atualmente, nota-se
uma falta de conhecimento dos educadores e pais de disléxicos em relação à
dislexia e em função de um número significativo de crianças com esse distúrbio,
é importante saber sobre as causas, o diagnóstico, o tratamento e
principalmente saber o que a escola e os pais podem fazer para minimizar as consequências
do mesmo na vida dessas crianças. Esse trabalho foi elaborado através da
pesquisa bibliográfica, descobriu-se que a dislexia não tem cura, mas que se diagnosticada
e tratada em tempo certo a criança pode melhorar muito o seu desempenho em sala
de aula. Sabe-se que a dislexia é um distúrbio específico da linguagem,
caracterizado pela dificuldade em decodificar palavras simples, dificuldades
estas que não são esperadas em relação à idade. É importante que seja feito um
diagnóstico preciso, multidisciplinar e de exclusão, pois são várias as causas
que podem intervir no processo da aquisição da linguagem. Quanto mais amplo o
contexto que observamos a dislexia, mais fácil será de entender suas causas e
de lidar com ela. Assegurar a criança disléxica um sistema educacional de qualidade
é muito importante, e para que isso aconteça é indispensável à colaboração de
pais e educadores na tarefa de ajudar essas crianças, encorajando-as;
compreendendo-as; tendo muita paciência, pois o disléxico leva mais tempo para
realizar suas tarefas; lembrar sempre que ele é capaz e criativo; saber a forma
apropriada para ensinar a criança; não exercer pressão sobre ela; não fazer
comparações com outros membros da família ou da escola; motive-a; incentive-a,
essas são apenas algumas das dicas que irão ajudar você a lidar com o
disléxico, portanto é necessário procurar sempre se informar sobre o melhor a
fazer em cada situação, tendo consciência de que é necessário que cada um faça
sua parte e assim com certeza ficará muito mais fácil se relacionar com as crianças
que sofrem desse distúrbio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IANHEZ, Maria Eugênia; NICO,
Maria Ângela. Nem sempre é o que parece: como enfrentar a dislexia e os
fracassos escolares. 9ª Ed. Rio de Janeiro: Alegro, 2002.
NUNES, Terezinha; BUARQUE, Lair;
BRYANT, Peter. Dificuldades na Aprendizagem da leitura: teoria e prática. 5ª
Ed. São Paulo: Cortez, 2003.
PENNINGTON, Bruce F. Diagnóstico
de distúrbios de aprendizagem. São Paulo: Pioneira, 1997.
SMITH, Corine; STRICK, Lisa.
Dificuldades de aprendizagem de A à Z: um guia completo para pais e educadores.
Porto Alegre: Artmed, 2001.
quinta-feira, 9 de junho de 2016
PSICOPEDAGOGIA EM FOCO
boa tarde a todos, passando para informar que em breve teremos muita coisa boa neste blog. aguarde!!!
terça-feira, 10 de novembro de 2015
Igreja Apostólica da Palavra de Deus: INSTITUTO EDUCACIONAL APOSTÓLICO
Igreja Apostólica da Palavra de Deus: INSTITUTO EDUCACIONAL APOSTÓLICO: A creditamos que a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Se a nossa opção é progressiv...
O FAZER O EDUCAS
Na educação infantil o “cuidar” é parte integrante da educação, embora possa exigir conhecimentos, habilidades e instrumentos que exploram a dimensão pedagógica. Cuidar de uma criança em um contexto educativo demanda a integração de vários campos de conhecimento e a cooperação de profissionais de diferentes áreas.
sábado, 26 de janeiro de 2013
PSICOPEDAGOGIA HOSPITALAR
O CAMPO DE ATUAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA HOSPITALAR:
ELE ATUA EM UM HOSPITAL E COMO TAL FAZ NECESSÁRIO ELE CONHECER TODA ESTRUTURA HOSPITALAR.. SEMPRE ESTARÁ O PSICOPEDAGOGO ATUANDO JUNTO UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DE UMA FORMA COESA E NUNCA SEPARADAMENTE OU FRAGMENTADA.
A ARTE TERAPIA NA EDUCAÇÃO E SAUDE:
__COM A CRIANÇA:
DE ACORDO COM URRUTIGARAY (2003), O TRTABALHO É SEMPRE ESTIMULAR A CRIANÇA .
ALGUNS RECURSOS A SEREM UTILIZADOS NA TERAPIA:
A ARTE FAZ PARTE DA VIDA, E SEMPRE SURGE ESPONTANEAMENTE E SE ESTIMULADA LIVREMENTE, MOSTRA TODA VIVÊNCIA DO MUNDO.
E NOTÓRIO QUALQUER PESSOA EM CONTATO COM A ARTE, SEMPRE IRÁ SENTIR COM SEUS SENTIDOS, SENSIBILIZANDO-S COM AS CORES.
O DESENHO: É ALGO QUE ESTÁ NA VIVENCIA DA CRIANÇAS DESDE A MAIS TENRA IDADE, SEMPRE QUE A CRIANÇA DESENHA É UM MOMENTO DE BRINCADEIRA, MAS A COORDENAÇÃO MOTORA SE FAZ PRESENTE EM SEUS MOVIMENTOS ESPONTÂNEOS.. MESMOS QUE OS RISCOS SEJAM DOS MAIS SIMPLES AOS MAIS COMPLEXOS QUE A CRIANÇA QUE A CRIANÇA REGISTRA SUA BASE PARA A E VOLUÇÃO ESCRITA.
A COLAGEM E O RECORTE:
PILOTO (2005) DIZ QUE A MOTRICIDADE FINA (MÃOS E DEDOS) CONSTITUE UMA DAS ÁREAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA ESTRUTURA PSICOMOTORA INCLUÍNDA NA COORDENAÇÃO GLOBAL NA QUAL ÃO REALIZADAS MOVIMENTOS ESPOECÍFICOS DE APREENSÃO ADEQUADOS. O TATO SEMPRE É O MAIS ESPLORADO PELAS CRIANÇAS E PARA QUE A CRIANÇA CRESÇA INTELECTUALMENTE E EMOCIONAMENTE PRECISA DESENVOLVER SUA HABILIDADE MANUAL. E SE O ESTIULO FOR ADEQUADOS ELA AVANÇA COM OS MOVIMENTOS MAIS LEVES E FINOS DA MÃO, QUE NUNCA PODEM DEIXAR DE ESTAR PRESENTE NA ESCRITA.
A COORDENAÇÃO MOTORA FINA EMRE É VISTA COMO UMA CAPACIDADE DE CONTROLAR OS PEQUENOS OS PQUENOS MÚSCULOS EM ATIVIDADES REFINADAS COMO PRFURAR, AMASSAR, COLAR, ENCAIXAR E REORTAR DENTRE OUTROS.
A LITERATURA :
SEMPRE QUE UMA CRIANÇA FOR INDUZIDA A CONTAR UMA HISTÓRIA, ELA COMEÇA PROJETA ALGO DE SDUA VIDA, USANDO ALGUM TEMA OU MESMO DA SUA PRÓRIA VIDA.
UM ESTUDO DE CASO DO"" LIVRO PSICOPEDAGOGIA HOSPITALAR"" DE OLIVIA PORTO,(2008.P.88).
LOCAL; MATERNIDADE PUBLICA.
PACIENTE ; M
A PACIENTE M DEU ENTRADA EM FRACO TRABALHO DE PARTO, VEIO acompanhada da mãe, foi encaminhada para exame, uma vez que a bolsa d'AGUA já havia rompido. éram,os de uma equipe de saude mental onde uma delas é psicopedagoga.
m foi levada para a sla de parto. notamos que ela não falava nem esboçava nenhuma reação diante das contrações que já eram constantes. notamos também que havia alguma coisa estranha com m, e acompanhamos ela até a sala de parto. quandfo a criança estava preste a nascer, M em um ato brusco fechou as pernas. a equipe nesse momento começo a pedir a ela que relaxasse e abrisse as pernas, mas ela não emitia qualquer reação. nessa hora, médicos e auxiliares tentavam em vão destravar as pernas da paciente, até quer a psicóloga notou uma lágrima caíndo dos olhos de m. Em um ato rápido a psicologa falou no seu ouvido." deixe seu filho nascer, ele vai lhe dar muitas alegriasd, enquanto isso, a outra acariciava sua testa e seu rosto. aos poucos ela foi descontraíndo as pernaS E NASCEU UM LINDO BEBE. foi-lhe perguntado e ela gostaria de ve-lo, no entanto esta só chorava, mas viu a criança que foi levada parar o berçãrio. e após aos procedimentos médicos, ela foi levada para um quarto para pacientes quew apresentam riscos.
a mãe da aciente não quis ver a criança, e alguns médicos queriam emovê-la para o centro psiquiátrico Dom pedro II uma equipe formada de assistente sociais, psicólogas, enfermeiros e auxiliares de enfermagem reuniram-se e resdolveram entrevistar a mãe. da paciente, após exaustiva pressão ela decidiu ser entrevistada pela equipe.
sintese da entrevista;
a mãe relata que são de uma seita. m começou a namorar um rapaz e em dois meses, ficou noiva. ele levou-a para conhecer a casa onde iriam morare ,três meses depois, m estava grávida, ela informou ainda que m é formada e trabalha como contadora, quando soube da gravidezx, o rapaz sumiu. foram até a casa em que ele disse que iriam morar, mas ninguém o conhecia, e a casa já estava alugada. m foi condenadas pela seita a ficar sentada na cadeirta de casdtigo durante três meses sempre que houvesse culto, expsta para que as outras moças ão ouassem a fazer o que ela tinha feito, quando terminou o castigo. m ficou trancada em casa. a mãe relatou ainda que seu comportamento havia mudado, não falava não comia, só quando era obrigada. o seu estado era de isolamento total. uma das assitentes sociais queria chamar a policia, mas a equipe resolveu passar o casa para a direção do hospital que teve sessiblidade de dispor um leito que todo paciente psiquiátrico tem direito em qualque hospital.
o trabalho psicológico e psicopedagógico.
a equipe resolveu não fazer uso de medicação uma vez que único contato com o mundo era o amor que ela tinha pelo filho e o amamentava. trabalho pocopedagógico começa e era necessário criar vinculos com a equipe do hospital, inclusive médicos que eram resistentes resolveram colaborar. um grande mutirão foi organizado, ropas de bebe, fraldas descartáveis, roupas para m, um médico doou m carrinho de bebe, m começou a falar no inicio somente com a psicologa/psicopedagoga, dai começou o trabalho psicopedagógico própriamente dito; iniciando pela fala e aos poucos desenvolvendo o pensamento, o raciocinio de coisa que ela pudesse compreeender, passando para a escrita a interpretação do que ela hava escrito. aos poucos ela começou a desenvolver conhecimento lógico, a abstração. as sessões eram realizadas de segunda feira a sexta feira com uma hora e quarenta minutos. m muito inteligente e sentia uma enorme necessidade em sua recuperação. naquele momento, o hospital era seu único vínculo de volta a viver. percebendo que não stavaq só e que muitas pessoas gostavam dela, após 28 dias. m é encontrada no corredor do hospital querendo ir até o berçãrio para amamentar o filho. a equipe a fez retornar até o quarto onde ela tomou banho, o que era muito dificil para ela( pois o contato com o corpo que um dia deu-lhe prazer era para ela sinônimo de sofrimento e desprazer, era muito complicado), mas a atuação da psicologa/psicopedagoga foi brilhante. isto era o começo do resgate da sua identidade e singularidade. ela foi penteada e arrumada para ver e amamentar seu filho.
o segundo passo foi recuperar parte cognitiva especifica, já que era FORMADA EM CONTABILIDADE. CONTAMOS COM AJUDA DE UM TÉCNICO ADMINISTRATIVOP QUE ERA CONTADOR e , aos poucos ela foi reaprndendo. na medida que ela se tornaqva forte psiquicamente, ela se transformava. com três meses de nternação, m era outra pessoa, segura e conseguiu recuperar toda parte cognitiva, embora a parte afetiva continuasse um pouco abalada as intervensões psicopedagogicas continuavam e a psicoterapia também aos sábados e dmingos, a equipe de enfermagem se encarregavam dos cuidados prescritos pela psicopedagoga.
é bom observar que toda equipe hospitalar estava envolvida no caso, o que foi vital para recuperação de m.
desfecho;
enquanto m se recuperava a mãe foi encva,minhada para o serviço psiquiatrico da unidade e psicologia.
M teve alta e cinco meses depois, stava recuperDA, MAS CONTINUOU com a psicoterapia no ambulatório por mais tempo foi levada para casa do irmão e da cunhada que não citei antes, mas sempre estive presente nos tratamentos. hoje passados quatro anos m trabalha, mora ainda com o irmão, a cunhada cuida da criança e a mãe já teve várias internações psiquiátricas.
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