sexta-feira, 10 de agosto de 2012

ROTEIRO DE DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO CLINICO


ROTEIRO DE DIAGNÓSTICO

I – TÓPICO
IDENTIFICAÇÃO DO SER COGNOSCENTE
§  Nome:
§  Data de nascimento:
§  Idade:
§  Escolaridade
§  Nome da Instituição que estuda
§  Série:
§  Religião:
IDENTIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS:
§  Nome:
§  Data de Nascimento:
§  Nível de Escolaridade
§  Profissão
§  Religião
§  Telefone
§  E-mail
II – TÓPICO
ENQUADRE – contrato de esclarecimento entre o profissional      de
                         psicopedagogia e os responsáveis. Para as partes terem
                         clareza de como será desenvolvido o trabalho.

§  Determinar o número de seção:
§  Quantas vezes por semana:
§  A hora da seção:
§  O tempo de duração da seção:
Obs. 1:  Deve-se deixar claro que o responsável tem que avisar com
            antecedência se vai ou não para a seção. Mostre a ele os motivos de ter essa consciência.

III – TÓPICO
MOTIVO DA CONSULTA
§  O que lhe fez procurar essa consulta
§  Perceber o compromisso com a família
§  O que eles esperam encontrar com esse atendimento
§   
IV- TÓPICO
QUEIXA BÁSICA: Vá direto ao que está acontecendo com o sujeito
§  Na visão dos responsáveis
§  Na visão da escola
§  Na visão do próprio ser cognoscente
V- TÓPICO
ANAMNESE- Historia de vida do próprio sujeito observando:
§  O antes 
§  O durante
§  O depois
Obs. 2: Se for pai biológico é interessante perguntar se a gravidez foi   
          desejada, se não foi planejada ver se  foi rejeitada ou não.

§  Escrever tudo o que você pergunta para o sujeito, e o que ele responde para você.
§  E a forma como ele responde se foi: chateada, pensativa, irritada, etc.
§  Pergunta sobre a saúde física e mental da mãe durante a gravidez: se ela adquiriu algumas doenças como foi o seu estado emocional durante a gestação, como concebeu a gravidez.
§  O que ocorreu durante o nascimento – período neonatal: o parto foi vaginal normal, natural ou cesariana, tentou normal não deu e foi para a cesariana.
§  A criança foi para a incubadora: quanto tempo? Ela chorou logo ao nascer, pegou logo a mama, quanto tempo levou para sugar? Um dia, dois dias, uma semana, duas semanas. Se demorou por que, era problema nos seios; o bico do seio era investido, ou porque custou foi naturalmente.
§  Como foi o seu desenvolvimento engatinhou, sentou, andou  com quantos meses?
§  Como foi a mudança de alimentos, como ocorreu na sua concepção?
§  Com quantos anos deixou de usar fraldinhas, com quantos anos deixou de fazer xixi ou pipi nas roupas?
§  Ela tem dificuldade de se relacionar. Desde quando?

Obs. 3: A anamnese só é realizada com os responsáveis do sujeito. Toda informação que a família for dando durante os encontros acrescente na anamnese por isso, é muito importante que se deixe espaço para futuras anotações em todos os tópicos.

VI – TÓPICO
ENTREVISTA
VI.I – Com o ser cognoscente
VI.II- Com os professores gestores e coordenadores

§  Primeiro momento com o ser cognoscente é para conhecê-lo, saber se ele sabe o porquê dele está ali, se sua mãe lhe falou. E tentar passar o máximo de segurança para ele.
§  Mesmo que você já saiba todos os  dados do ser cognoscente, você vai perguntar para ele e  anotar todos novamente.  
§  Sempre marque um horário que seja bom para a família e para o sujeito.
§  É importante que lhe ofereça um lanche. Em especial ao ser cognoscente de classe menos favorecida.
§  Fazer as anotações sobre como ele respondeu. Como se apresentou ao responder as perguntas; sua expressão facial ficou inibido, zangado, calmo, tranqüilo, nervoso.
§  Depois que conhece a família e o sujeito então você vai marcar uma visita na escola; marcar um dia para a entrevista com o professor e o coordenador; pode ser na sua casa ou na escola onde ele tiver disposição.

VII- TÓPICO
VISITA NA ESCOLA - COMO PROFISSIONAL DO SER COGNOSCENTE É NECESSÁRIO QUE SE TENHA:

§  Visão dos profissionais
§  Observar a estrutura física da escola
§  Diante disso fazer uma comparação no que  está entrelinhas e o que você percebeu.
§  Dizer que vai precisar voltar algumas vezes na escola, e deixar claro que a sua visita na escola é somente para observar o ser cognoscente (na verdade você vai fazer uma investigação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido pela professora também).
§  Não tome o relato só pelo que o povo te diz, por que você é um investigador.

Obs. 4: Não se pode aplicar a prova da anamese na casa do ser. Deve se criar um ambiente clínico, de forma que quem está dentro não pode sair e quem está fora não pode entrar, para que não se tenha uma quebra na investigação.

VIII – TÓPICO
APLICAÇÃO DAS PROVAS PSCOPEDAGOGICAS NAS ÁREAS:
1.     AFETIVO-SOCIAL – provas projetivas
2.     PEDAGÓGICA  -  provas específicas de leitura escrita e de cálculos
3.     CORPORAL – provas psicomotoras
4.     COGNITIVA – provas operatórias




IX- TÓPICO
ANÁLISES DOS RESULTADOS

X- TÓPICO
HIPOTÉSES INTERPRETATIVAS

XI- TÓPICO
DEVOLUTIVA
XI.I  - Recomendações e Indicações
XI.II – Prognóstico

Obs. 5: O prognóstico ainda é muito condenado pela medicina, pois o médico já diz até o tempo de vida e ninguém deve programar o tempo de vida da pessoa. Deve-se dizer se o caso de emergência ou se dá para programar. Ex: prognóstico na visão do especialista ele conscientiza o sujeito dos riscos para que ele assuma o compromisso.

PROGNÓSTICO EM PSICOPEDAGOGIA

§  Ex: Caso o sujeito cognoscente esteja em conflito de ordem emocional é interessante que você indique para a família que é necessário levá-lo ao psicólogo e então você fala o que pode acontecer ou não caso não queira procurar o profissional indicado. É explicar o porquê da necessidade de outro profissional


Obs. 6: É imprescindível que seja reservado no seu caderno um espaço livre para cada tópico para as futuras anotações.






CONDIÇÕES BÁSICAS PARA QUEM JÁ QUEIRA ARREGAÇAR AS MANGAS PARA UM TRABALHO PSICOPEDAGÓGICO

§  Tentar localizar um ser cognoscente
§  Não pegar abaixo de 10 anos
§  Pegar pessoas que apresentem histórico de fracasso escolar
§  Localizar a família
§  Se apresentar para a família
§  Falar que você está passando por um processo que é “aprender fazer fazendo”
§  E começar a anamnese
§  Tem que coletar os dados o máximo possível



Obs. 7: Voltando para o tópico VIII onde se trabalha a área afetivo-social é interessante uma leitura mais minuciosa nos textos que se refere ao   “PAR EDUCATIVO, EOCA, FAMÍLIA EDUCATIVA”.

TÓPICO VIII

ÁREA AFETIVO-SOCIAL – A primeira área da investigação, afetivo-social - provas projetiva.

VIII.I – Desenhe dois sentimentos:

§  Desenhe uma pessoa com medo e uma com raiva
§  Desenhe uma pessoa triste e alegre


Obs.8: Tudo o que é projetivo não é o desenho em si, mas o que vai ser desenhado e como ele é representado.



            Deve-se Observar:
§  O tempo que leva para desenhar
§  Se ele debruçou, morde o canto da boca
§  Não determinar terminar o tempo para o desenho
§  Observar os mínimos detalhes.

DEPOIS DE DESENHADO

§  Pedir para ele falar do desenho
§  Nome, idade, dizer porque ele está com medo

Obs.9: quando eu desenho nada passa despercebido pelo nosso cérebro. Então peça para ele relatar todos os outros desenhos. E assim observar como ele relata e observe entre linha quando tenta para se proteger.

PEDIR PARA ELE FAZER OUTROS DESENHOS

§  Desenhar o que ele mais gosta de fazer com sua mãe (se não tiver   mãe que seja a pessoa com quem ele tem esse vínculo)
§  Desenhe o que ele mais gosta de fazer co o seu pai (se não tiver   pai que seja a pessoa com quem ele tem esse vínculo)
§  Desenhar o que ele não gosta de fazer com sua mãe
§  Desenhar o que ele não gosta de fazer com o seu pai


PAR EDUCATIVO

O par educativo tem uma consignia e o material exato

CONSIGNIA DO PAR EDUCATIVO

§  Desenhe uma pessoa ensinando e outra aprendendo
§  Antes de desenhar deve está bem esclarecido que ele pode desenhar o que quiser só deixar claro que são duas pessoas.


Obs. 10: ainda que ele não saiba fazer o desenho, peça que faça assim mesmo porque o importante não é avaliar o desenho em si,  mas sim  avaliar a temática do desenho.



QUANDO TERMINAR O DESENHO


§  Pedir pra ele dar nome aos personagens dos desenhos

O DESENHO DA PESSOA QUE ESTÁ ENSINANDO

§  Perguntar quem está ensinando?
§  Ensinando o quê?
§  Depois perguntar se esta pessoa que está ensinando ela sabe ensinar?
§  Se ele gosta de ensinar?

O DESENHO DA PESSOA QUE ESTÁ APRENDENDO?

§  Esta pessoa está conseguindo aprender?
§  Se não (porque ele não está conseguindo)?
§  Ele gosta de estar aprendendo?
§  E se gosta de estar aprendendo quem ensina gosta de quem está aprendendo?
§  Quem está aprendendo gosta de quem está ensinando?




Obs. 11: Quando começo meus questionamentos dá para depois fazer uma análise para ver se tem vinculo positivo ou negativo.






EOCA
DEVEM EXISTIR ALGUNS MATERIAS DISPONIVEIS PARA O SER COGNOSCENTE

§  Folhas lisas
§  Folhas de papel de carta
§  Folhas de papel pautado
§  Lápis sem ponta
§  Apontador Caneta esferográfica
§  Borracha
§  Papel celofane

Obs.12: O lápis deve ser deixado sem ponta par observar se ele terá a iniciativa de fazer a ponta ou ficará sem desenhar porque a ponta não está feita.

CONSIGNIA DA EOCA

§  Todo esse material é pra você usar da forma que você quiser me mostre o que te ensinaram e o que você aprendeu.


Objetivo: Identificar o modelo de aprendizagem que o ser cognoscente possui naquilo que alguém aprende e aprende a aprender.

Obs.13: Em caso de adolescente nem precisa pedir para desenhar pode ser falar de um livro de interesse dele.  No caso do adulto só se pede para ele falar tudo o que sabe e o que aprendeu.

Obs.14: Para o pesquisador psicopedagógico não se pode ter preconceito do que possa ocorrer ou não, porque cria expectativa. Deve existir sempre uma imparcialidade diante dos fatos relatados.
 












POLÍTICAS PÚBLICAS VIOLÊNCIA NA ESCOLA ' PAPER'


POLÍTICAS PÚBLICAS
VIOLÊCIA NA ESCOLA


Roméria Costa Melo

Profª: Nivana Ribeiro
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Licenciatura em Pedagogia – PED 0030 – Módula V
29/06/2012


RESUMO

Esta pesquisa tem a finalidade de analisar as causas de indisciplina e os significados que a violência exerce em vários contextos sociais e as maneiras de como se apresenta no seu dia a dia, buscando identificar políticas que venham prevenir e suavizar esses conflitos, produzindo um clima de racionalidade na escola, sendo muito importante a implantação de estratégias que possam inibir a violência e ampliando o conhecimento sobre diferentes aspectos da violência presente na escola.


Palavras-chave; Indisciplina; Violência; Conflitos; Propostas de Intervenção. 




1 INTRODUÇÃO


A presente pesquisa refere-se a análise e reflexão das questões de indisciplina e comportamentos anti-social que desenvolve-se no interior da escola que tem sido intensivo no decorrer dos anos.
È notório identificar desde a década de 90 que houve um aumento  avassalador dos níveis de angústia,  estresse e cansaço na maioria dos educadores. Esse aumento deu-se a medida que cresceu também a chamada indisciplina nas escolas, observa-se que existe um choque impetuoso entre as decepções e as insatisfações no âmbito escolar sendo impossível olharmos sob o aspecto unilateral, onde por um lado os educadores apresentam suas razões para estarem insatisfeitos, por outro lado os educando também apresentam suas razões ( O que muitas das vezes não são citadas de maneiras coerentes ) o resultado dessa incompatibilidade pode ser vista por desinteresse de muitos educando em aprender e trabalhar a suas habilidades, nas situações de confusão generalizada dentro e fora da sala de aula, automaticamente percebe-se o desgaste dos  educadores e até mesmo de toda  equipe pedagógica. Este sendo um dos problemas mais grave vivido pelas escolas – a indisciplina – o que caracteriza uma fonte profunda de estresse nos relacionamentos interpessoais, onde o desenvolvimento da aprendizagem fica comprometido.
Diante de um fato quer traz grande preocupação é de suma importância analisar este assunto com equipe da escola e com a comunidade para elucidar as possíveis causas de indisciplina ocorridas nas escolas.



2 O QUE É INDISCIPLINA? COMO SE CARACTERIZA?


Não somente conceituá-la, mas entendê-la e criar estratégias que venham enfraquecê-la, isso nos remete a um parâmetro um pouco complexo, pois é complicado estabelecer um conceito de indisciplina escolar, visto que com a continuação dos tempos ela estabelece suas características o que a modifica durante os anos.
Suas expressões e caráter cada tempo se modifica o  nos mostra que atualmente a indisciplina escolar com suas características modificada em comparada ao passado. Onde fica cada vez mais difícil resolver e equacionar as adversidades.
Tendo o olhar na indisciplina no ambiente escolar, observa-se que para alguns professores a indisciplina são aborrecimentos no dia a dia de suas práticas pedagógicas, resultados de rompimentos efetuados por alunos mediante o acordo formais e nas condutas na escola, como por exemplo, podemos citar: atitudes grosseiras; ofensas verbais; etc. De uma maneira ampla tudo aquilo que se inclui como falta de respeito. O que segundo charlot (2002, p. 437 ) caracterizam como incivilidade pois estas  condutas estão contra as regras de boa convivência.
As incivilidades englobam comportamentos desafiantes rompem regras e esquemas de vida social, sejam tácitos ou explicitados  contratos sociais. Mas as chamadas incivilidades não rompem, necessariamente com acordos regras e esquemas pedagógicos. Antes rompem com expectativa do que pode estar tacitamente esperado como boa conduta social. Destacando-se entre as incivilidades reportadas nas queixas usuais dos professores, a falta de respeito. Essa alegação em particular, sugere a ocorrência em sala de aula  de práticas de incivilidades na forma de insensibilidade aos direitos de cada um ser respeitado como pessoa.


È Grande a necessidade de compreensão do panorama atual para que caminhos e soluções diante dos problemas vivenciados que aumentam assustadoramente. A Disciplina Escolar é um conjunto de regras que sendo obedecido o êxito no aprendizado é manifestado. Ela caracteriza como um elo entre o professor e os alunos na sala de aula e também na escola em geral, como qualquer relacionamento humano, deve se observar as característica de cada individuo envolvido como professor, aluno e ambiente.
 Então “a palavra disciplina, significa” aquele que segue”, vindo do latino e  significa: instruir, educar, treinar, mostrando uma idéia geral de caráter, assim na educação a palavra disciplina utiliza-se para que os alunos tenham disposição em seguir os ensinamentos e regras de comportamento. Diante deste pressuposto é possível abordar este assunto que tanto tem afligido os professores, pedagogos, diretores e pais.



3 INDISCIPLINA =  “RESULTADO VIOLÊNCIA”


E necessário que se crie uma análise minuciosa sobre este assunto. Não podemos comentar sobre indisciplina, sem falar dos limites. Muitos professores e pais costumam perguntar como acontece para que as coisas cheguem ao ponto em que estão agora, quando se deparam com tantas situações de indisciplina os quais sempre trazem como resultado a violência.
Deparam muitas vezes com filhos tratando os pais mal, alunos não respeitando professores ou professores tratando maus alunos, culminando assim num crescimento da indisciplina que prejudica o ensino e aprendizagem, porque a indisciplina age diretamente no relacionamento ou seja na convivência com pais em casa na escola com equipe pedagógica como um todo.
Muitas das vezes os alunos estão sem noção de padrões de comportamento e limites, pois agem como bem entendem, usando e abusando da liberdade,  em demasia direitos do que deveres e responsabilidades e com uma visão egocêntrica onde busca mais receber do que dar ou retribuir, entretanto esquecem que as regras ditas dentro de casa nem sempre o são na sociedade. A Escola por sua vez tem a obrigação de trabalhar essas regras ou normas com os alunos, não cobrá-las antes de aplicá-las e com isso afasta-se dos problemas surgidos, se recusando de atuar onde lhe é peculiar, ate por entender que a educação vem de casa, tendo uma visão distorcida. È claro que a educação deve começar pela casa, mas não se deve esquecer que ela se solidifica onde a criança, o adolescente, o jovem freqüentam e passa a maior parte do seu dia, portanto a escola precisa sim trabalhar a sua parte. Esta é a panorâmica que se conhece atualmente. Se na casa com dois ou mais adolescentes os pais tem dificuldade de administrar os conflitos, imagine numa sala de aula com 35 alunos, com vários modelos de comportamentos, tudo mais complexos, então o que fazer? Como agir nesses conflitos?  Às vezes o problema é tratado com gritos e berros, com intenção de mostrar autoridade. O que se vê é que numa situação de brigas, agressões físicas... Os gritos e berros têm efeito imediato, mas quando o professor, pedagogo ou diretor se afasta começa de novo e sempre mais intensificado.
Talvez devessem começar pelo diálogo sério, onde os alunos são ouvidos levando em conta a necessidade de serem respeitados. A questão é estabelecer limites. È de muita importância as relações interpessoais para tentar o equilíbrio nas situações. Não é apontando culpados ou vilões para as situações problemas de indisciplina e de incivilidade dentro da escola, Garcia (2006, p.5 ) tem afirmado que:
As incivilidades são ruptura das regras e expectativas das regras e expectativas tácitas de convivência, dos pactos sociais que perpassam as relações humanas e cujo sentido muitas vezes supõe que seja de domínio público desde a infância assim a conduta incivilizada é criticada pelo professor como ausência da influência educativa da família por suposta responsável pela socialização primária de seus filhos e pela sua formação nos esqueceu básico de civilidades
.
Reforçando aqui a necessidade de diálogo,  para eliminar os conflitos não esquecendo que o aprofundamento do relacionamento interpessoal seja valorizado. Entendendo que a relação interpessoal não acontece de uma hora para outra e nem pode ser imposta, mas uma conquista e que deve ser cultivada através do respeito simultâneo e do diálogo, sendo que só poderemos cobrar respeito de outrem quando esse respeito é demonstrado


4 TIPOS DE VIOLÊNCIA

4.1 Violência Física

Na visão dos professores a violência física está ligada nas brigas entre os alunos. Seja no interior da escola ou fora dela, isto é brigas entre os alunos, brigas por motivos banais, pela merenda, de gangues rivais que se encontram na frente da escola e usam de Armas como: facas, revolveres e etc. As brigas representam o que mais a que mais intensificam e que são freqüentes nas escolas. A agressividade as vezes intituladas como brincadeiras agressivas como: bater, correr, dar soco.

4.2 Violência Verbal

Nesta violência relaciona-se injurias xingamentos e ameaças, tanto entre alunos, como de alunos para professores ou qualquer outro funcionário da escola. Num primeiro momento são agressões, palavrões, insultos aos colegas, vindo depois disso a agressão física. Caso não haja habilidades de diálogo e negociação para tentar resolver as diferenças, a violência ficará instalada.

4.3 Violência Simbólica


Ficam nomeados dois pilares para a violência simbólica: Desrespeito ao professor ( ameaças e insultos) e descriminação.

4.3.1 No Desrespeito ao Professor

Tentar identificar o discurso que direcionaram atitudes rebeldes, insultos e ameaças, isto é, a tentativa de causar danos ou ferir a integridade física ou moral dos profissionais, forçando-os para que sejam menos exigentes nas avaliações e atividades, existem casos que usam de ameaças para intimidar professores e funcionários que podem ou não a concretizar-se.

4.3.2 Discriminação (Preconceito)

Em relação ao preconceito e a discriminação existem preconceitos contra negros, aqueles que não estão no padrão vigente esteticamente, piadas, brincadeiras contra alunos pobres, discriminação na intelectualidade, tanto para aqueles considerados nerdes como para aqueles com algum grau de deficiência

4.3.3 Violência de Gênero
.
           Este tipo de violência tem aumentado o número de meninas que estão se envolvendo em brigas, atitudes de desrespeito, que anteriormente era sempre associadas a meninos.

4.3.4 Violência Doméstica

Violência sempre ocorre no âmbito familiar, não importa sendo entre conjugue ou pais e filhos, muitas vezes quando a criança não consegue resolver atividades, os pais batem se o time que ele joga na escola perder, o aluno já sabe que quando chegar em casa vai levar uma surra, e essa violência ataca a integridade dos alunos, seja física ou emocional e esse impacto causa um estrago violento no desenvolvimento intelectual, emocional, social e moral nos alunos, onde é quase impossível a escola reverter a situação.

5 ORIGEM DA VIOLÊNCIA

5.1 Estrutura Familiar

               Neste caso de violência o comportamento muito agressivo no interior da escola demonstra que sua origem não está na sala de aula, mas dentro da casa, ou seja, a família perde o controle sobre os filhos, foram os pais que não usaram suas habilidades de educar seus filhos e agora jogam toda responsabilidade para a escola. A família deveria se ocupar diretamente na formação do caráter moral, nos princípios dos seus filhos. Muitas das vezes os alunos até tem pai e mãe e casa própria, mas não há preocupação com a formação dos seus filhos, e quando eles vêm, já está um pouco tarde os filhos já estão inseridos nas drogas. E claro que diante de tanta acusação que acaba se prejudicando são os alunos juntando as incapacidades geradas pela negligência dos pais por um lado e por outro lado o acúmulo de saber, sem uma direção para a formação de vida, onde se aglutinam as incapacidades transformando assim em transgressão ou violência.

5.1 Estrutura Sócio Econômica

                           A violência Sócia econômica também pode trazer seu reflexo social onde as precárias condições financeiras e de materiais pelas quais os alunos passam, vem para a escola e ela acaba sendo um local onde a vida dele está refletida no seu dia a dia, nas questões de fome, etc.

6  PROJETO OLÍTICO PEDAGÓGICO: Violência como Tema Complementar

                          Os professores deveriam tirar proveito das situações e criar trabalhos com o Tema “violência durante aula”, principalmente na disciplina de artes que pode trabalhar com grafite, desenhos e levá-los a criar textos oportunizando sua expressão, discussão do assunto, tirar questões
e induzir eles a pensarem, escreverem, desenharem sobre o ambiente onde o relacionamento interpessoal seja presente e mantido fora da sala de aula. Enfim trabalhar na equipe a expressão e diálogo, onde encontramos o meio mais adequado para trabalhar a realidade expondo que a educação é o caminho para que eles atinjam seus objetivos, a construção do conhecimento deve se dar através de pessoas que se respeitem.






 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

                        Sempre costumamos ouvir da mídia no geral, as variadas situações de violência que ocorrem nas instituições escolares e que deixa a sociedade estarrecida. O que é ainda pior nesta novela é que passado o susto como se passa um capitulo de novela, tudo volta à normalidade. A maioria das pessoas observa esse fato como se fosse já natural, ou seja, é como se a violência fizesse parte do nosso dia a dia e que as escolas é o lugar onde pessoas a expõem.
                        Entretanto, para aqueles que estão inseridos nos acontecimentos não olham com normalidade. Professores, pais, funcionários e alunos ficam oprimidos diante das violências e seus efeitos.
                         A violência em toda a sua estrutura, assusta, aterroriza, deixa marcas que não são tão fáceis de extinção. Às vezes a escola não convive com atitudes que são de extrema violência, mas suas ramificações são terríveis como: Indisciplina, Incivilidade, Bullyng. O que é perceptível é que todos esses aspectos estão relacionados as relações interpessoais e se instalam no interior da escola, entende-se que o clima  escolar que resulta destas relações traz os acontecimentos quer sejam positivos  quer sejam negativos, trabalhar para que esse clima seja mais favorável possível é trabalho de todos nós.
                         Diante de tudo que foi exposto é necessário: estudar, dialogar, analisar o que pode esta sendo executado e estabelecer metas para conter, enfrentar, prevenir e até reverter este quadro. Esse é o que tem permeado os desejos de professores, diretores, pedagogos, funcionários e pais, enfim de todos aqueles que fazem parte da estrutura do universo. Não podemos permitir que a escola venha perder sua identidade esperando que alunos que estão vivendo essa dificuldade não possam ser recuperados. Se a escola e todo seu corpo docente elaborar idéias, nunca esquecendo que o individuo precisa somente de boas relações de convivência, então será criado na escola um clima saudável e preparado para a aprendizagem  do desenvolvimento de potencialidades na vida de cada um.








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   REFERÊNCIAS



Aquino, Julio Gropp. Indisciplina. São Paulo: Ed. Moderna, 2003.

Garcia, Joe. Indisciplina na Escola. Curitiba. 1999.

Prette, Del  Almir,Prette,  Zilda A Pereira.Habilidades Sociais Desenvolvimento e aprendizagem.São Paulo.Ed. Alínea,2007.