terça-feira, 4 de dezembro de 2012

TRABALHO DE GRADUAÇÃO - TG



VIOLÊNCIA NA ESCOLA PRECURSORA DE CONFLITOS INTERPESSOAIS

Roméria Costa Melo Moreira
Profª: Nivana Batista
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Licenciatura em Pedagogia PED 0030 – Trabalho de Graduação
28/11/2012



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1-      INTRODUÇAO



                    A questão da violência e os comportamentos antissociais têm aumentado no decorrer dos anos, nota-se que desde a década de noventa o aumento é devastador, os níveis de stress, angustias, opressões e cansaço nos educadores a cada momento é notório.
                      À medida que a violência cresce existe um impetuoso choque entre as decepções e insatisfações no âmbito escolar. A escola por sua vez necessita se preparar para mediar estes conflitos, que muitas vezes sua incapacidade está no desenvolvimento de estratégias que colabore para formação do sujeito ético.
                     As situações de confusões dentro e fora da sala de aula tem causado um grande desgaste nos professores e em toda equipe pedagógica. O que é relevante destacar que conflitos sempre estarão presentes quando se tratar de relações interpessoais e a violência lesiona estes relacionamentos, automaticamente comprometendo o desenvolvimento da aprendizagem.
                     O presente trabalho aborda questões da violência sob uma perspectiva da prevenção através da educação para não a violência, com desenvolvimento de atitudes, valores e habilidades socioemocionais afetivas para lidar com as situações interpessoais potencialmente geradoras de conflitos interpessoais, com vista a construção de padrões mais satisfatório de convivência humana.
                       O teórico (DEL PRETTE & DEL PRETTE 1999) em sua abordagem conceitua que a Inteligência Interpessoal, Inteligência emocional, competência Social, Habilidades sociais etc. Vem sendo utilizada com muita liberdade, referindo à capacidade de articular sentimentos, pensamentos e comportamentos em diferentes situações e demandas interpessoais. Para que se trabalhem as relações Interpessoais usando estas habilidades criando assim um cenário harmônico no interior da escola, e os conflitos decorrentes estes relacionamentos possam ser geridos e controlados.
                      
                  
          2 – PRESSUPOSIÇÕES DA ORIGEM DA VIOLÊNCIA


                  Afirmar de forma precisa à origem da violência sem dúvida nenhuma é algo bastante complexo... Na verdade é um pouco complexo o lugar de origem, mesmo que com muito esforço não se compreende: quando violamos os direitos dos próximos, cria-se um terreno fértil para que conflitos sejam gerados: isso se inicia desde o nascimento junto à família e subsequente numa sociedade onde se gera desigualdade, rejeições, e faz do sujeito em total carência em sua sobrevivência básica, como alimentação, estudo, trabalho, possibilidades de oportunidades, criando personalidades agressivas. A maior parte dos estudiosos concorda em conceituar a agressão como um comportamento intencional de produzir dano em outra pessoa, para DEL PRETTE, 2001. ““ Há violência quando, numa situação de interação, um ou vários atores agem, de maneira direta ou indiretamente, maciça ou esparsa, causando danos a uma ou várias pessoas em graus variáveis, seja em sua integridade física ou moral, em suas posses ou em suas participações simbólicas e culturais.´´ 

        2.1 – ESTRUTURAS FAMILIARES

                    Neste caso de violência o comportamento muito agressivo no interior da escola demonstra que sua origem não começa na sala de aula, mas (na família) dentro da casa, O que se observa atualmente é a falta de controle no que concerne a limites é responsabilidade da família em  fomentar na criança sentimentos e valores éticos, bem como proporcionar um ambiente sadio, de respeito, harmonia e segurança. A criança necessita desses fatores para a construção de um caráter pacifista e não violência...  A família deveria se ocupar diretamente na formação do caráter moral, nos princípios dos seus filhos. Muitas vezes os alunos até tem pai mãe e casa própria, mas não se preocupam com a formação de seus filhos, quando eles veem, já está um pouco tarde os filhos já estão inseridos nas drogas. É claro que diante de tantas acusações quem acaba se prejudicando são os alunos, juntando as incapacidades geradas pelas negligencias dos pais por um lado, por outro lado o acúmulo do saber sem uma direção para a formação de vida onde se aglutinam as incapacidades transformando assim em transgressões e violências.
                 Estudos feitos recentemente por Ann Streissguth da Universidade de Washington, especialista no Comportamento relacionado a Síndrome Alcoólica Fetal. Revela-nos outra forma de negligência partindo desta vez da mãe, que é adquirida através da gestação; a mãe que ingeri bebida alcoólica durante sua gravidez pode desenvolver no feto transtornos de aprendizagem, déficit de atenção, hiperatividade, comportamentos agressivos, e outros.

Na figura 1: Mostra as características faciais diferente de um bebê normal.





Na figura 2: Mostra detalhadamente as áreas que foram lesadas pelo álcool, que posteriormente será 
   Manifestada na vida da criança com seus efeitos.



Na figura 3: dados obtidos na sistematização da assistência de enfermagem após realização do exame físico verificam-se as áreas lesionadas pelo álcool, um efeito devastador no cérebro da criança.




Na figura 4: mostra um cérebro normal em seu tamanho e característica e um cérebro lesionado pelo álcool.

                  Além das complicações físicas, que são mostradas em foto a SAF, desenvolve vários problemas na atenção, na memória, no comportamento e além de todas essas dificuldades, os danos devastadores refletirão na sua vida durante sua estada na escola com vários tipos de comportamentos agressivos, quando se torna indivíduo responsável pela sua sobrevivência, não conseguem ser bem sucedidos, não permanecem na escola, não se relacionam com os outros, serão inclinados ao álcool e outras drogas. As dificuldades serão eminentes nestes indivíduos, não consegue construir com seu cognitivo com as experiências, não controlam suas emoções, por isso são violentos, muitos portadores da SAF, abandonam os estudos e caem na marginalidade, entretanto todas essas dificuldades não são problemas de comportamentos mais os danos que permanecem no cérebro. Segundo Ann Streissguth, da Universidade de Washington, especialista no comportamento relacionado com a Síndrome.
“È triste ver que muitas crianças passam pela vida sem que seus males sejam detectados”. É preciso ter muita experiência para reconhecer a Síndrome, mesmo nos gravemente retardados. Muitas vezes julgam mal as crianças com retardo leve, pois costuma serem extrovertidos e falador. Ninguém imagina que seu sistema nervoso esteja afetado’

              Embora a Instituição Familiar seja um lugar importante tanto para o nível social quanto para o nível da vida emocional de seus membros e que apartir desta instituição que aprendemos sobre o mundo situarmos nele e construímos nossa primeira identidade. Contrariamente essa instituição familiar tem ocupado o olhar dos estudiosos e de todas as ciências sociais, às vezes combatidas, pois se apresenta como empecilho ao desenvolvimento social, algo muito nocivo, lugar onde as neuroses são fabricadas e se estabelece a mais implacável dominação sobre as crianças e as mulheres, contudo não podemos negar que é a família reprodutora das relações sociais e emocionais, devemos então intervir para o melhoramento dessas dificuldades através de políticas que visem o bem estar da sociedade como um todo.

          2.2 – ESTRUTURAS SÓCIO ECONÕMICA

               A violência na escola pode também trazer seu reflexo social, pois a precariedade nas condições financeiras e de materiais pelos quais os alunos passam, quando ele chega na escola, ela acaba sendo um local onde a vida dele está refletida no seu dia a dia, nas questões familiar, fome, etc.
               Imagina-se que a escola tem como função socializar o sujeito para que a sociedade o receba, mas a socialização se dá em vários aspectos, a escola tem que está preparada para que a socialização aconteça: que possua um espaço onde o sujeito tenha prazer de estarem, os materiais para as práticas pedagógicas sejam suficientes e adequados para cada situação, a merenda seja balanceada e traga para o sujeito uma qualidade de vida, entretanto quando o aluno de uma classe social menos favorecida chega e depara-se com sua realidade, então sai abandona, ou começa agir com violência, para exprimir o  sentimento de revolta que está interiorizado.

        3 – TIPOS DE VIOLÊNCIAS

       1 – VIOLÊNCIA FÍSICA -  É conhecida como agressões, brigas de alunos tanto no interior da escola, como  fará dela, acertos entre alunos, brigas por motivos banais, por merenda, enfrentamento de gangues rivais que se encontram na frente da escola, usam armas como faca, revolveres e etc. As brigas  se intensificam e são frequentes nas escolas, como a agressividade que muitas vezes intitula-se como brincadeiras, bater, correr, dar socos etc., comportamentos quase que frequentes em nossas escolas.

      2 – VIOLÊNCIA VERBAL – Classifica-se nesta violência os xingamentos, as injúrias, ameaças, tanto partindo dos alunos entre alunos, como dos professores para aluno, ou qualquer outro funcionário da escola. A priori são palavrões, insultos aos colegas, depois disso agressões físicas, caso não haja habilidades de diálogos e negociação para tentar resolver as adversidades, o ambiente escolar fica comprometido, e a aprendizagem também.

     3 -  VIOLÊNCIA  SIMBÓLICA -  No meio dos docentes fica nomeada esta violência em dois pilares o primeiro desrespeito ao professor ( Ameaça e insulto ) e descriminação.
         Desrespeitos ao professor identificam discurso que direcione atitudes, rebeldes, insultos e ameaças, tudo com o objetivo de causar danos ou ferir a integridade física e moral dos profissionais, forçando-o para que sejam menos exigentes nas atividades e avaliações e em alguns casos usam até de agressões físicas, tentando intimidar o professor e funcionários que podem ou não concretizar.
         Descriminação e preconceito – Em relação a esse tipo de violência, o preconceito contra cor da pele, com aqueles que não estão no padrão vigente esteticamente, discriminações fazendo uso de piadas, brincadeiras contra alunos pobres ou com alguma dificuldade na intelectualidade, tanto para aqueles considerados nerdes ou para aqueles com algum grau de deficiência. O que muitas vezes o motivo da evasão escolar ou da dificuldade de aprendizagem por parte dos alunos ocorre através desse tipo de violência uma vez que ela atinge a autoestima do sujeito diretamente.

     4 – VIOLÊNCIA DO GÊNERO – Este tipo de violência tem contribuído para o aumento no número de meninas que tem se envolvido em brigas, atitudes de desrespeito que anteriormente eram sempre associados aos meninos.
          O número de meninas que lideram gangues violentas tem aumentado assustadoramente nos últimos dias.

     5 -  VIOLÊNCIA DOMÉSTICA -   essa violência ocorre no âmbito familiar, não importa sendo entre conjugues, ou pais e filhos, muitas vezes quando a criança não consegue resolver atividades os pais batem, se o aluno participa de jogos na escola ou em outro ambiente e se o filho perde os pais agridem exigindo um resultado que as vezes o filho não tem competência para atingir, esse tipo de violência atinge a integridade do aluno seja no físico ou no emocional, mas o que é desconhecido para a família é que essa violência causa um impacto muito grande no desenvolvimento intelectual, social e moral do aluno, e esse tipo de  agressões quase sempre a escola não consegue reverter, é  necessário um trabalho de conscientização junto a família e a comunidade.


      4 – INDISCIPLINAS ‘ RESULTADO VIOLÊNCIA’


             É necessário que se faça uma análise minuciosa sobre este assunto. Não podemos comentar sobre indisciplina sem fazer uma fala sobre limites. Muitos professores e pais costumam perguntar, o que aconteceu para que as coisas chegassem a esse ponto que estão agora, quando se deparam com tantas situações de indisciplina as quais sempre como o resultado violência.
             Deparam com os filhos tratando os pais mal, alunos que não respeitam professores, as vezes os professores tratam mal os alunos, culminando assim num crescimento da indisciplina que prejudica o ensino e a aprendizagem, a indisciplina age diretamente nos relacionamentos, ou seja, na convivência com os pais em casa, na escola com a equipe pedagógica como um todo.
              Muitas vezes os alunos estão sem noção de padrões de comportamento e limites, agem como bem entendem, usando e abusando da liberdade em demasia do direito do que deveres e responsabilidades, na sua visão egocêntrica buscando mais receber do que dar ou retribuir. Entretanto esquecem que as regras ditas dentro de casa nem sempre são da sociedade. A escola deve trabalhar essas regras ou normas com os alunos, não cobrá-los antes aplicá-los e assim afastando dos problemas surgidos. Entendendo que a escola deve começar pela casa e que solidifica onde as crianças, o adolescente, jovem, frequentam e passam a maior parte do seu dia, portanto a escola precisa sim trabalhar a sua parte.
                 Esta panorâmica que atualmente se conhece se dá na casa de dois ou mais adolescente, os pais tem dificuldades de administrar os conflitos, imagine numa sala de aula com 35 alunos, com vários modelos de comportamentos tudo é mais complexo. Então o que fazer? Como Agir nos conflitos? Às vezes os problemas são tratados com gritos, berros, com intenção de se mostrar autoridade, mas o que se percebe nesta situação o efeito é só momentâneo quando os docentes se afastam começa tudo novamente só que mais intenso.


           5 – A ESCOLA PRODUTORA DE HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS

               Comportamentos antissociais, agressividades um desafio que hoje se faz presente no processo inicial de escolarização por ter relação direta com a violência na escola, somada as dificuldades de aprendizagem. O desenvolvimento sócio emocional geralmente não é planejado sua aplicação é ineficiente. A escola quando minimiza sua ação na função social, deixando despercebido o desenvolvimento interpessoal ela se coloca na condição de promotora destes conflitos.  Preocupar com o desenvolvimento do aluno para o mercado de trabalho, mas não deixando em detrimento seu desenvolvimento nos relacionamentos, ou seja, no social levando em conta a internalizar como individuo coletivo, sua formação de valores, crenças, nas condições presentes e numa projeção futura ao adquirir as habilidades de participação, organização de relacionamentos com os outros e com o grupo social. Nunca deixando de aplicar que as habilidades interpessoais é um componente necessário para o exercício da cidadania, estes alunos precisam estar preparados para as possíveis dificuldades que irão encontrar dentro e fora da escola no que se diz respeito a relacionamento.
                  As atuais diretrizes curriculares para o ensino fundamental incluem os conteúdos que se denomina “Temas Transversais”, que num ponto ou noutro inclui comportamentos interpessoais, mas não existe uma política para que esses temas sejam sistematizados, os mesmo sempre aparecem um pouco dispersos em algum conteúdo ou texto o que dificulta sua aplicação.

         5.1 – PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: VIOLÊNCIA COMO TEMA COMPLEMENTAR

                    Devemos aproveitar cada situação e criar trabalhos com o tema “violência” durante as aulas, principalmente nas disciplinas de artes, que pode trabalhar as pinturas, os desenhos com grafites levá-los a criar textos onde sua expressão, discussão sobre o assunto. Elaborar questões e dá para que sejam pensadas e escritas, desenhadas e trabalhar bem o ambiente onde o relacionamento interpessoal seja presente e mantidos dentro e fora da sala de aula. Enfim trabalhar na equipe a expressão o diálogo e encontrar o meio mais adequado para trabalhar a realidade expondo que a educação é o caminho para que eles atinjam seus objetivos e que a construção dos seus conhecimentos se dá mediante pessoas que se respeitem.
                       Isso nos reporta que devemos desenvolver a Inteligência emocional (Interno-Externa). Quando conseguimos educar as emoções nos tornamos pessoas preparadas para lidar com angústias, medos e frustrações. A Inteligência Emocional na educação ajuda o processo de aprendizagem colocando o equilíbrio entre o desenvolver cognitivos racionais e emocionais do aluno.
                       Em contra partida a essa visão observamos educadores e educando atravessando dificuldades precariedades e falta de valores humanistas. Enfrentamos uma desenfreada marca de violência nas famílias, comunidades, escolas e em toda sociedade.
                       Algumas décadas passada as dificuldades enfrentadas eram xingamentos e o falar alto na sala, enfim coisa DO TIPO. Mas nestes últimos tempos tivemos que conviver com pessoas que usam drogas. Estes aspectos nos impulsionaram a pensar sobre as emoções em especial aquelas que projetam a situação como raiva, tristeza e o medo, partindo deste ponto, alunos e professores necessitam conhecer e trabalhar suas emoções e sentimento até ser capaz de transformar exatamente a raiva e o medo em alegria e amor. Steiner e Perry (2001), afirma que; “O ser humano educado no seu emocional possui habilidades nas suas emoções e o seu poder pessoal desenvolve maior qualidade de vida”, essa ideia também Goleman (2012, p.18), anuncia que:
“Uma Visão da natureza Humana que ignora o poder da emoção é lamentavelmente míope. A própria denominação homo siempiens, a espécie pensante é enganosa a luz do que hoje a ciência diz acerca do lugar que as emoções ocupam em nossas vidas.”

                         Sabemos quando por experiências próprias, quando se trata de moldar nossas decisões e ações à emoção pesa tanto e às vezes muito mais quanto a razão, fomos longe demais quando enfatizamos o valor e a importância do puramente racional. Quando o emocional é dominante o intelecto por sua vez não vai a lugar nenhum, quando o sujeito consegue desenvolver  suas competências emocionais ele automaticamente começa a desenvolver capacidades,  liderar pessoas, mediar soluções, acordos sendo capaz de neutralizar conflitos e disputas e o bom relacionamento que facilita o viver com amigos, familiar, ambiente escolar, ambiente do trabalho é evidenciado. Como Golemam diz “Ser educado no emocional é entender suas próprias emoções e prestar contas dela.”. 

             5.2 – A ESCOLA PRODUTORA DE HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS

           Comportamento antissocial, agressividade, um desafio que hoje se faz presente no processo inicial de escolarização por ter relação direta com a violência na escola somadas à dificuldade de aprendizagem. O desenvolvimento socioemocional geralmente não é planejado e sua aplicação torna ineficiente. A escola quando minimiza sua ação na função escolar, deixando despercebido o desenvolvimento interpessoal ela se coloca na condição de promotora destes conflitos. Deve sim  se preocupar com o desenvolvimento do aluno para o mercado de trabalho, mas não deixando em detrimento seu desenvolvimento nos relacionamentos, ou seja, no social levando em conta o indivíduo a internalizar como individuo coletivo. Sua formação de valores, crenças, nas condições presentes e numa projeção futura ao adquirir as habilidades de participação, organização de relacionamentos com os outros e com o grupo social. Nunca deixando de aplicar que as habilidades interpessoais é um componente necessário para o exercício da cidadania, pois estes alunos precisam estar preparados para as possíveis dificuldades que irão encontrar dentro e fora da escola, no que diz respeito a relacionamento.
           As atuais diretrizes curriculares para o ensino fundamental incluem os conteúdos que se denomina “temas transversais” que num ponto ou noutro exclui os comportamentos interpessoais, mas não existe uma política para que esses temas sejam sistematizados, os mesmo sempre aparecem um pouco dispersos em algum conteúdo ou texto o que dificulta sua aplicação. Para DEL PRETTE, 2001.             
Na verdade, a escola tem sido, há muito criticada pela sua ineficiência na consecução dos objetivos acadêmicos e por sua negligência na promoção do desenvolvimento humano e na preparação do aluno para a vida social. Atualmente há um amplo reconhecimento de que esses aspectos estão intrinsecamente imbricados.

                       As relações Interpessoais, as habilidades sociais e os termos correlatos ainda são tratados de uma maneira aleatória, aparecendo dispersos em conteúdos de textos. Mesmo que a escola tente promover certo conjunto de habilidades sociais necessária em seu contexto escolar, elas se definem em termos muito abrangentes, o que dificulta a avaliação e não incluem como objetivos de ensino, com dificuldade na seleção de métodos e procedimentos específicos de orientação e treinamentos.

           6 – MATERIAIS E MÉTODOS

                       O desenvolvimento ético e social na formação do individuo é muito importante na sua convivência com as diversidades do meio em que está inserido, e perpassa por valores diferentes tanto no ético como no moral.
                       Situações embaraçosas humanas envolvendo honestidade, generosidade, justiça e outros. Sempre foram bem presentes nos tempos e na cultura e fazem parte da vida e da comunidade. Nesta perspectiva procura-se investigar, inserir nas práticas pedagógicas estes valores, que quando são transmitidos ocorre uma diminuição dos comportamentos violentos, ou seja, comportamentos antissociais.  Para que a escola trabalhe essa prática é necessária à constância destes valores, o que às vezes está fragilizada na aplicação da prática real. Tornando assim quase que inviável os relacionamentos interpessoais, a cordialidade, a união, a solidariedade no meio escolar.
                     Partindo dessa observação a aplicação e execução do projeto (violência- comportamentos Antissociais) na escola UEB Menino Jesus de Praga, Vinhais – São Luis - Ma, onde foi realizada a observação o desenvolvimento da disciplina de Estágio II, na modalidade séries iniciais do Ensino Fundamental.
                      Verificou-se a necessidade de desenvolver a prática visando inseri a Inteligência Emocional interna e externa da escola, que determina o educar as emoções tornando as pessoas preparadas para lidar com angustias, medos e frustrações.  Levando em consideração que a criança como um sujeito ativo na construção do seu conhecimento utiliza a mente para compreensão do mundo. A Inteligência Emocional na educação no processo de aprendizagem coloca o equilíbrio entre desenvolver cognitivos racionais e emocionais dos alunos, buscando também a conscientização de valores e reflexão sobre o comportamento em sala de aula, para que o ambiente do aprendizado se torne prazeroso.
                           As atividades que foram aplicadas tiveram como conteúdos os valores éticos e morais, respeitando o estado cognitivo para absorção das definições de cada valor aplicado em sala de aula. O projeto teve como objetivo, trabalhar e conhecer os valores da afetividade, tanto na família como na escola dentro da sala de aula com os companheiros e também junto à comunidade construindo conhecimentos sobre a necessidade de mudanças nos comportamentos, nas atitudes culturais e sociais, colocando os valores éticos para serem vivenciados no cotidiano escolar e proporcionando assim o respeito e a dignidade a cada pessoa deste grupo.
                        Foi desenvolvida com Referência, nos valores, amizade, respeito, bons costume, tolerância. Levando para o desenvolvimento destas atividades em forma de cartaz, livro de literatura, aplicação de vídeos trazendo como utilizar as boas maneiras, E como culminância a exposição de todos os trabalhos confeccionados junto à comunidade escolar onde foi executado todo o projeto, proporcionando assim a todos, a valorização e o despertar na formação do caráter de um cidadão participante ativo na sociedade.
                         Quanto a auxiliar maiores informações sobre pesquisa realizada que teve como  prioridade de fazer uma análise mais apurada sobre os aspectos e causas que tem contribuído com os altos índices de violência no âmbito escolar, mais especialmente na UEB – Menino Jesus de Praga, onde fora aplicado um questionário aos trinta e nove alunos do 4º ano do turno matutino, que foi elaborado com dez questões de caráter exclusivamente objetivo. Após a pesquisa deu-se os respectivos dados coletados em tabelas e gráficos.


      6.1 – ANÁLISES SOBRE A FALA DOS ALUNOS


                  6.1.1 - A violência em sua Escola tem se dado com muita frequência?




                                                                                                                                                                                                                                                
                          GRÁFICO I – SOBRE  A FREQUÊNCIA DE VIOLÊNCIA NA ESCOLA
                                       FONTE: Elaborado pela Autora

        OPÇÕES
     TOTAL DOS ALUNOS
      PERCENTUAL
SIM
                    66
                62%

 NÃO                                   

                     24
                38%




6.1.2 – Sua Família tem vindo sempre a Escola? 
                                                                                                                                                                                                         
                      GRÁFICO II – A PARTICIPAÇÃO DA FAMILIA JUNTO A ESCOLA
                                  FONTE: Elaborado pela autora
              OPÇÕES
TOTAL DE ALUNOS
    PERCENTUAL
    SIM
                 8
              20%

    NÃO                                
               31
              80%

 
6.1.3 - você acha que a escola pode proporcionar oportunidades?
                      GRAFICO III - SOBRE  OPORTUNIDADES SE A ESCOLA OFERECE
                                       FONTE: Elaborado pela autora

     OPÇÕES
  TOTAL DE ALUNOS
   PERCENTUAL
SIM
                 28
             71%

NÃO
                  11
             29%


6.1.4– Quando acontecem brigas e discussões dentro da sala de aula, você acha que o professor deve interferir?

                            GRAFICO IV – INTERVENSÃO DO PROFESSOR NAS BRIGAS
                                              FONTE: Elaborado pela autora.   

   OPÇÕES
    TOTAL DE ALUNOS
  PERCENTUAL
SIM
      26
        70%      
NÃO
      10
        30%





6.1.5Vocês têm participado de atividades na sua escola que venha favorecer a inibição da violência?

   OPÇÕES
  TOTAL DE ALUNOS
   PERCENTUAL 
SIM
       29
     75%
NÃO
      13
      25%

                         
                           GRÁFICO V: PRÁTICAS APLICADAS PARA INIBIR VIOLÊNCIA
                                            FONTE: Elaborado pela Autora

                6.1.6Como se dá relação entre Professor X aluno
                                   
  OPÇÕES
 TOTAL DE ALUNOS
  PERCENTUAL
 RUIM
       3
       0,5%
 BOA
      23
       70%
 OTIMA
        2
        25%
                   GRÁFICO VI – RELAÇÃO PROFESSOR X ALUNO
                                FONTE: Elaborado pela Autora.



               6.1.7  - Você se acha uma pessoa Agressiva?


                                 

                GRÁFICO VII – AUTOEXAME SOBRE O COMPORTAMENTO
                                  FONTE: Elaborado pela Autora

    OPÇÕES
 TOTAL DE ALUNOS            
 PERCENTUAL
SIM
      8
    20%
NÃO
      31
    80%
    

 6.1.8Já aconteceu quando você saindo da escola um colega lhe bateu?
                           
                   GRÁFICO VIII – VIOLÊNCIA AO SAIR DA ESCOLA
                      FONTE: Elaborada pela Autora
  OPÇÕES  
 TOTAL DE ALUNOS
 PERCENTUAL
SIM
          08
         22%
NÃO
          31
          78%
 
 6.1.9 Você Gosta da sua Escola?
Opções
Total de alunos
  Percentual
SIM
    36
     92%
NÃO
      3
     08%

                              
                           GRÁFICO IX – VOCÊ GOSTA DA SUA ESCOLA
                         FONTE: Elaborada pela autora

 6.1.10– Você já foi vitima de Bullyng?
   Opções
   Total dos alunos
 Percentual
SIM
         13
       35%
NÃO
         24
        65%
               
                      GRÁFICO X ESTASTISTICA DOS ALUNOS QUE SOFRERAM BULLYNG
                                           FONTE: Elaborado pela Autora.
 
 7 – DISCURSÃO

     
                         Partindo do ponto da observação do que foram realizadas na escola, através do desenvolvimento da disciplina do Estágio II, séries iniciais do Ensino Fundamental, iniciou-se uma pesquisa revelando a importância que se fez necessária hoje, trabalhar os valores éticos e morais nas disciplinas para que o sujeito seja socializado dentro do padrão que a sociedade espera, já que esses valores têm estado no esquecimento não só por parte da escola, mas iniciando na família.
                        A observação e a investigação desses valores nos leva a uma análise de que o trabalho pode ser mais valorizado, intenso, sempre criando estratégias e projetos para serem desenvolvidos, numa unidade: Escola, Família e Comunidade resgatando assim esses valores e formando o caráter do cidadão social, estabelecido nos comportamentos sociais.
                        O trabalho realizado na graduação foi de muita eficácia no seu valor teórico e prático, sentirmos a real necessidade que a escola tem em despertar sobre essas habilidades, ficando inibida deste trabalho. A escola compromete a construção deste conhecimento nos educando prejudicando seu desenvolvimento e prosseguindo por toda sua trajetória diante da sociedade.
                         Consultamos diversos textos, livros e sites, relacionados à educação como referência a abordagem do tema Violência Comportamentos Antissociais, tanto na família, escola e comunidade para que o trabalho pudesse se desenvolver da forma mais coerente com relação ao que foi encontrado na realidade na escola onde foi realizado o projeto de violência e comportamentos antissociais.



 6   CONCLUSÃO  
          

                          Mediante as pesquisas realizadas vimos como os processos de aquisição dos valores éticos são falhos e esquecidos na sua aplicação, pois sempre costumamos ouvir da mídia no geral que ocorrem nas instituições escolares casos de violência e que deixam a sociedade estarrecida.
                           E o que é ainda pior nesta novela, que passando o susto como passado um capitulo de novela, tudo volta a normalidade a maioria das pessoas absorvem esse fato como se já fosse natural, ou seja, é como se a violência fizesse parte de nosso dia a dia e que as escolas é o lugar onde as pessoas a expõem.
                           Entretanto para aqueles que estão inseridos nos acontecimentos não olham com normalidade, professores, pais, funcionários, alunos, ficam oprimido diante da violência e seus efeitos.
                          A violência em todos os sua estrutura, assusta, aterroriza e deixa marcas que não são tão fácies de extinção. Às vezes a escola não convive com atitudes que são extremas de violência, mas suas ramificações são terríveis como: Indisciplinas, Incivilidades, Bullyng. O que é perceptível em todos os aspectos está relacionado às relações Interpessoais, e que estão instalados no interior da escola. Entende-se que o clima escolar que resulta desta relação traz os acontecimentos que sejam positivos quer sejam negativos. Trabalhar para que seja o mais favorável possível é dever de todos nós.
                          Diante de tudo o que foi exposto é necessário estudar, dialogar, analisar, o que pode está sendo executado e estabelecer metas para conter, enfrentar, prevenir e até reverter este quadro. Isso é que tem permeado os desejos de professores, diretores, pedagogos, funcionários, pais. Enfim todos os que fazem parte da estrutura do universo escolar. Não podemos permitir que a escola viesse perder sua identidade, esperando que os problemas se resolvam por si só ou acreditando que os alunos que estão vivendo estas dificuldades não possam ser recuperados.
                          Se a escola e todo corpo docente elaborar ideias nunca esquecendo que o individuo precisa somente de boas relações de convivência. Então será criado um ambiente com um clima saudável e preparado para a aprendizagem e o desenvolvimento de potencialidades na vida de cada um.


REFERÊNCIAS


AQUINO, Julio Gropp. Indisciplina. São Paulo. Ed. Moderna, 2003
.
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologia Social. São Paulo.

Ed. Saraiva, 2002. Br.guia. infantil.com/gravidez-gravidez/82-alimentação-gestante/389-Sindrome do alcoolismo-fetal.html.
Acesso e, 31/07/2012.

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